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TERESINA, TUR

02/05/2017 -

Entrei por uma rua

saí numa farmácia

sem Ph nem doutor.

Ter momo não tinha

nem ter/mô/metro

que o calor subira

com tamanha ira.

 

De arder, era à tarde

quando o sol nos queima

em vez de...  Arde!

Num bar de frente,

“Entre!”

E tomei vitamina de bacuri:

- Teresona, Piauí!

 

Esperei o sol se pôr

sobre o rio Parnaíba

e virei pintor.

 

À noite, deitei na rede,

pensei, pensei... Caroá,

querendo a brisa pegar.

De longe sonhei com o mar

e dormi manso, acordado.

Quando acordei, minha gente,

estava “teresinado”.

 

Saí de rua por rua,

entrei no Velho Mercado,

ganhei a grande avenida

da beira do rio amado.   

 

Lá no encontro das águas

(Parnaíba com o Poti),

vi o Cabeça de Cuia...

“Me ajude, Nossa Senhora!”

E o medo foi pra cucuia...

 

Como as histórias de boi,

(Ei boi, boi do Piauí!...)

me contaram, sem demora,

todo o Piauí que foi

e o Piauí que é agora.

 

_________________

*Francisco Miguel de Moura, poeta do Piauí -  mora em Teresina, Capital, denominada “Cidade Verde”, pelo escritor Coelho Neto – e não quer melhor para se viver e fazer poesia.

 

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