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Prefeitura abandona Estádio Helvídio Nunes e desportistas criticam

24/01/2019 -
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Fundado em 1976, o Estádio Municipal Helvídio Nunes de Barros ou Gigantão da Malva, é considerado pelos desportistas picoenses como o berço do esporte no município.

Com capacidade para 5.400 pessoas, o local já foi palco de grandes confrontos esportivos. Relembrar as partidas causa saudosismo para os amantes do futebol, em especial para promotor de eventos esportivos Benedito Isidoro, mais conhecido como Bita.

“Aqui já recebemos equipes da serie A, como o Vasco da Gama, Ceará, entre outras. Nessa época o estádio era bem cuidado e tínhamos orgulho de receber as grandes equipes. Lamentavelmente ao longo desses anos a falta de cuidado e de manutenção por parte do poder público tem se destacado. Visitar o Helvídio Nunes faz vergonha, o gramado totalmente danificado, os vestiários e banheiros sem condições nem de entrar. O local está jogado as traças, não podemos ficar calado”, disse Bita.

Ele ressaltou que os eventos realizados por ele estão sendo levados para outros municípios, em que os gestores têm mais responsabilidade com o esporte e com a manutenção dos estádios.

“Queremos informar que o estádio Senador Helvídio Nunes está largado, entregue as traças, isso é inadmissível. Isso ocorre há muito tempo, estamos na terceira maior cidade do Piauí, que tem um rótulo de Cidade Modelo. Não quero que o estádio entre em mais uma das coisas de Picos que podemos apontar que já teve”, ressaltou o promotor de eventos.

O apresentador de um programa esportivo do município, Nivaldo Sousa, acompanha a história do estádio desde a sua inauguração e ressaltou a sua preocupação com a situação do local

“Hoje podemos ver o tapete verde do gigantão da Malva, totalmente deteriorado, o problema também ocorre nas partes internas e externas. Eu diria que o estádio Helvído Nunes está na UTI e precisa de um tratamento intensivo para se reestabelecer. Jamais o vi nessa situação. Ele está impossibilitado para a pratica do esporte”, disse o apresentador.

Há algum tempo shows particulares e eventos culturais vem sendo realizados no estádio, o que para os desportistas agrava ainda mais a situação do local.

“Já deterioramos a nossa principal praça esportiva, estádio de muitas histórias e de muita tradição. Se o Zangão voltasse hoje não tínhamos local para a pratica esportiva. Nosso espaço está sendo utilizado para outros segmentos e rendendo lucros exorbitantes para empresários”, afirmou Nivaldo Sousa.

O presidente da Comando Jovem do Zangão, João Victor, lamenta que a torcida organizada não possa mais frequentar o estado devido a ausência de grandes jogos.

“Todos nos da torcida sentimos falta da Sociedade Esportiva de Picos, que mobilizava toda a cidade em dia de partida. Todos os jogos eram lotados, com a diretoria que temos só conseguimos lotar os shows, que não são mais de futebol e sim musicais”, afirmou o jovem.

Atualmente o comando possui mais de 300 pessoas cadastradas e em dias de partida mobilizava mais de mil pessoas.

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