A menor de idade de iniciais, K.C.B.S, de 17 anos, aluna do curso técnico em Análises Clínicas, do Centro Educacional Petrônio Portela-PREMEN, foi agredida pela colega de sala identificada como Ademira Andrade. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira,29, dentro da sala de aula da escola.
De acordo com informações de testemunhas, o desentendimento começou de forma verbal, quando uma estudante identificada como Nataniely chamou a vitima, a menor de idade, de moleca e demente, e, através de gestos, apontando o dedo no rosto da aluna que estava sentada.
Após Nataniely se retirar de perto, foi a vez da aluna, Ademira Andrade, que não se contendo apenas com a discussão verbal, empurrou a menor K.C.B.S provocando imediatamente queda violenta. Logo após a menor ser derrubada, Ademira Andrade, agrediu de forma brutal com puxões de cabelos, socos, arranhões e chutes atingindo a região pélvica, o rosto e a cabeça.
Procurada pela equipe de reportagem do Cidadesnanet.com, a mãe da vítima afirmou em entrevista que estava em casa quando companheiras de sala ligaram avisando que a filha estava passando mal. A mãe, imediatamente se dirigiu até a escola. A mesma afirmou que se sentiu constrangida com o que viu, além do constrangimento das agressões sofridas pela filha, ainda foi mal atendida pela coordenação da escola. A mãe acrescentou ainda que após acionado, o Conselho Tutelar compareceu, mas se omitiu no caso.
“Chamei o Conselho Tutelar, eles foram lá e disseram que não pudiam fazer nada. A Coordenação da escola ainda veio com exaltação me ameaçando de chamar a Polícia, dizendo que eu estava desacatando. Além disso ainda vieram com gritos, “bateram” a porta na minha cara e não me deixaram entrar na sala onde estavam com a minha filha. Eu fui pra ver minha filha e pra resolver o problema, não pra conseguir mais. As providências demoraram para serem tomadas. Nisso eu já tinha acionado a polícia e quando os policiais chegaram eles todos ficaram mansinhos” contou a mãe da vítima.
A agressora Ademira Andrade é estudante do Premen em Picos
A mãe da aluna que sofreu as agressões acrescentou ainda que a direção da escola se pronunciou depois que foram registrar o Boletim de Ocorrência.
“O diretor da escola nem chegou a mim pra saber de nada. Só veio se manifestar depois que tínhamos ido pra delegacia e o mesmo disse que não tinha culpa de nada” disse.
Ainda de acordo com mãe da jovem agredida, bastante emocionada, a mesma afirmou que em momento algum chegou com desacato pra nenhum dos funcionários da escola e que as câmeras de segurança servem como provas. A mesma desabafou sobre a insegurança e violência.
“Eles não poderiam me tratar daquela forma. Não cheguei com desacato e nem escândalo. Não estamos livres de nada, nem na escola nossos filhos estão livres da violência” desabafou.
Por telefone a nossa reportagem falou com o atual presidente do Conselho Tutelar, Raimundo Nonato. O mesmo disse que o Conselho Tutelar atua em casos que há ausência dos pais e, no momento do ato, recomendou que fosse até a Central de Flagrantes para registrar o Boletim de Ocorrência.
“Nesse caso ai nós não podemos interferir porque os pais da jovem estavam presentes. O Conselho só atua quando há ausência dos pais. Nós recomendamos na hora que fosse até a delegacia para registrar o caso” afirmou Raimundo.
Após chegada da Polícia no local, a vítima e agressora foram encaminhadas para a Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis.
O Boletim de Ocorrências registrou o fato como crime de lesão corporal dolosa.
Segundo informações de alunos, em menos de trinta dias, é o segundo caso de violência dentro da escola.
Texto descritivo do Boletim de Ocorrência