Coordenação de Habitação e Urbanismo de Picos tem identificado as famílias que invadiram mais de 20 casas do Residencial Lousinho Monteiro, localizado às margens da PI-375, que liga o município a Santana do Piauí. O surpreendente é que entre os casos estão pessoas que receberam imóveis no Luíza Gomes de Medeiros, o Morada Nova, venderam a casa própria e invadiram o novo conjunto habitacional.
Para a coordenadora de Habitação de Picos, Cláudia Mônica, a situação de invasão das moradias é complexa. Ela ressaltou que também existem casos de famílias que necessitam de uma moradia, porém o ato de invadir não é justificável, tendo em vista que grande parte nem chegou a participar do processo de seleção que durou quatro anos.
“Percebemos muita tristeza nestas famílias. Pessoas doentes, muito debilitadas, pessoas que realmente estão naquele de grupo de carência e que estão sendo prejudicadas. Entre os invasores eu sei que existem pessoas que realmente necessitam, mas que não estão na relação nem de reservas. Reconheço a necessidade, mas não é dessa forma que resolve o problema”, afirmou a coordenadora.
Cláudia Mônica frisou que os populares que estavam no cadastro de reserva e invadiram os imóveis serão excluídos do processo.
Ação conjunta
Na manhã desta quarta-feira (10) uma reunião foi realizada na sede da Coordenação de Habitação junto aos beneficiários que tiveram os imóveis invadidos. O objetivo do encontro foi fazer o chamamento das famílias para que reúnam a documentação necessária para juducializar uma ação conjunta entre Habitação, Procuradoria Municipal e o Banco do Brasil.
O procurador da Prefeitura de Picos, Roberth Moura, disse que a ação visa a reintegração de posse imediata dos verdadeiros proprietários das moradias populares.
“Nesse primeiro momento estamos chamando as pessoas que tiveram suas casas invadidas para reunirmos a documentação necessária e termos o número exato de quantos imóveis se encontram nesta situação. Já fomos no Ministério Público Federal, Banco do Brasil para resolver esta situação com o termo de reintegração de posse. Para as famílias que tiveram os imóveis invadidos, porém ainda não assinaram os contratos, estes devem se dirigir ao Banco do Brasil para realizar o ato”, informou o procurador.
Os beneficiários devem apresentar à Coordenadoria o Boletim de Ocorrência, documentos pessoais e o contrato do imóveis
folha atual