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Homicídios no 1° semestre de 2017, homicídios superam índices de anos anteriores

Sete pessoas já foram assassinadas em Picos
12/05/2017 - fonte:folha atual
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Comandante Edwaldo Viana Foto: Paula Monize

“Não estamos aqui para proteger bandido. Nós estamos aqui para proteger o cidadão”. Foi com esta afirmação que o comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar de Picos, tenente-coronel Edwaldo Viana, fez referencia à criminalidade no município, especialmente no que diz respeito ao registro de homicídios que nos primeiros cinco meses do ano já totalizam sete casos.

O quantitativo atual é superior a índices registrados no mesmo período de 2015, em que seis pessoas foram mortas. Já em 2016 foram registrados cinco assassinatos. O número total de crimes contra a vida nos dois anos consecutivos foram de 26 mortes. Outro dado importante revelado pela Polícia Militar é que a grande maioria dos homicídios ocorreu no bairro São José.

O comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar de Picos, tenente-coronel Edwaldo Viana, explicou que o aumento no número de mortes não implica necessariamente aumento no número de violência. Segundo ele, entre os homicídios catalogados em 2017, apenas uma das vítimas era um cidadão de bem.

“Com relação aos homicídios registrados em 2017, não configura aumento da violência, pois destes sete apenas um cidadão de bem veio a óbito, de forma passional. Dos seis que morreram todos eram bandidos, pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Se a pessoa trafica, assalta, troca tiros com a Polícia ele encontrou o que estava procurando”, enfatizou o comandante.

Quando questionado sobre a atuação da PM na segurança pública de Picos, o tenente-coronel Edwaldo Viana ressaltou que o trabalho está longe do satisfatório.

“Não. Estamos longe do ideal. Eu gostaria de dar muito mais proteção ao cidadão de Picos. Eu fico aflito quando passo nos bairros a maioria dos comerciantes utilizam grades, mas temos trabalhado para mudar essa realidade”, frisou. 

Dos sete homicídios registrados até agora, seis estão relacionados com o tráfico de drogas e as vítimas são suspeitas de envolvimento em outros crimes. Para o comandante o bandido e o traficante ele não é morto, apenas encontra o que ele estava procurando.

As vítimas de 2017

Até o dia 03 de maio de 2017 sete pessoas foram mortas em Picos. As vítimas foram identificadas como sendo José Fontes Caminha, o Gadinho; André; um menor de iniciais M.M. de L.; Willian da Silva; Wesley Almeida Sousa; Antônio José da Cruz e Jarnicleide de Holanda Leal, onde o caso é enquadrado como Feminicídio, mas ainda sim entra para as estatísticas da PM.

As armas utilizadas para praticarem os crimes foram em sua maioria revólver, uma espingarda e apenas em um dos casos foi usado arma branca. O histórico das vítimas permeia tráfico de drogas, participação em outros assassinatos, roubos e usuário de drogas

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